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terça-feira, 26 de julho de 2011

Meu filho não dorme só



Deixar a criança dormir na cama dos pais não a ajuda a crescer, pelo contrário

A psicanálise infantil relaciona os distúrbios do sono aos sentimentos ambivalentes dos pais em relação à separação. Vários trabalhos descrevem de forma cristalina o impacto dos sentimentos dos pais sobre a separação com os filhos e de como é comunicada a eles.

O fato é que, nos dias de hoje, muitas famílias precisam de camas cada vez maiores para acomodar os filhos que abordam o leito do casal como “Piratas do Caribe” e ficam enfiados sob as cobertas. A faixa etária destes acomodados piratinhas está entre os 2 e os 5 anos.

É INTERESSANTE REFLETIR SOBRE AS DIFICULDADES DE MUITOS PAIS EM COLOCAR LIMITES HORÁRIOS E TERRITORIAIS PARA SEUS FILHOS IREM SE DEITAR E TAMBÉM EM DIZER NÃO QUANDO TENTAM DORMIR NA CAMA DELES. OS PAIS TENTAM RACIONALIZAR DIZENDO QUE É GOSTOSO DORMIR JUNTINHOS (ISSO DEVERIA ACONTECER ENTRE MARIDO E ESPOSA) E ACRESCENTAM QUE ESTIVERAM O DIA TODO TRABALHANDO (PARECE QUE ESTÃO PAGANDO UMA DÍVIDA). OUTROS SIMPLESMENTE, ESTIMULADOS POR CERTAS TEORIAS, ACHAM QUE ISSO NÃO TEM NADA DE ERRADO E AINDA BRINCAM, DIZENDO: “QUANDO CASAR, NOSSO FILHOTE VAI DORMIR NA SUA CAMA!”

Na realidade, existe o medo da separação, o sentimento de perda, às vezes até medo da morte. Por isso, muitos pais chegam, várias vezes, ao quarto do filho para ver se ele ainda respira. Os adultos e as crianças, ao deixar-se cair no sono, penetram em um território no qual não se tem mais o controle e ficam reféns de pesadelos tempestuosos. É como se fosse uma viagem a locais amedrontadores e, por isso, desejamos bons sonhos, dormir com os anjos, e todas as expressões que marcam uma partida e um retorno.

Claro que a visão dos pais sobre o sono vai influenciar aquilo que a criança acha sobre essa região nebulosa entre a vigília e o sono. Luz acesa ou desligada, porta aberta ou porta fechada, silêncio ou barulho e solidão ou companhia, são elementos antecipatórios dos prováveis perigos durante o sono. Às vezes, a causa pode ser problemas conjugais, por isso uma boa pergunta a ser feita é: “A serviço de quê ou de quem aparece o problema da noite?”

Uma criança, na cama dos pais, pode esconder um distanciamento que os adultos querem colocar entre si ou evitar o sentimento de solidão de um dos pais e ao mesmo tempo se erige como uma barreira.

Deixar um filho passar as noites com os pais de maneira constante não o ajuda a crescer. Ele não consegue se tornar autônomo ou levantar estratégias para solucionar seus problemas.
Qualquer atitude ou discurso que tentem aplacar os medos ou fantasias infantis não terão o mesmo efeito que deixar a criança viver a experiência, “sobreviver” a ela e sentir orgulho de superar o medo por ela mesma. 

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